Aqui no blog estamos sempre divulgando notícias relacionadas a classes sociais, empregos e salários. Em geral o que eu insisto em fazer – porque eu vejo que é necessário – é mostrar que a classe média ganha bem menos do que pensam alguns. Vários amigos acreditam que quem ganha 10 mil por mês é classe média e não classe alta renda. Mas essa discussão eu deixo para outro post. Neste post oque eu quero é mostrar o abismo que existe entre o salario dos grandes executivos brasileiros e nós (talvez não você). A matéria original está no site da Exame, o que eu fiz foi compilar o resultado para ficar mais fácil de comparar. Veja a tabela abaixo. Empresa Menor Salário Maior Salário Bradesco 1.226.700,00 10.413.000,00 Petrobras 1.123.019,83 1.210.747,93 Vale* 7.048.842,40 AmBev 990.412,00 12.046.180,00 Banco do Brasil 666.485,53 854.882,71◊ Itaú Unibanco* 5.479.411,20 Souza Cruz 1.356.568,00 3.136.371,00 Brasil Foods 1.117.718,71 3.178.683,12 Santander* 7.479.615,38 Cielo* 3.312.377,08 CSN* 9.147.070,29 Itausa* 1.100.433,20 Infelizmente algumas empresas ainda não divulgam maiores detalhes em relação ao salário dos seus principais executivos. Mas isso deve mudar para o próximo ano uma vez que a CVM conseguiu derrubar na justiça a liminar que permitiam as empresas sonegar esse tipo de informação. Eu sei que muitos vão alegar que essas empresas são privadas e que cabem a elas divulgar ou não esses valores, que o governo exigir isso delas é um excesso de estado na nossa vida. Mas gostaria de deixar dois argumentos a favor. O primeiro é muito fraco, mas vai servir para amenizar os anti-estado: nos EUA essas informações são publicadas. O outro argumento – esse sim acredito ser o verdadeiro – essas empresas não são privadas e sim públicas (não confundir empresa pública com empresa estatal). Uma vez que você decide negociar sua empresa na bolsa de valores você passa a ser uma empresa pública e todos podem se tornar seus acionistas ainda que em muita pequena parte. Divulgar a informação de quanto se paga a seus principais executivos é o mínimo que cada empresa deve ter de transparência com aqueles que investem seu dinheiro em sua companhia.

Todo ano é a mesma coisa, já devíamos estar acostumados. Vai chegando final de ano, período de negociação de dissídio e os sindicados promovendo greve. Eu entendo a intenção de proteger o trabalhador exigindo o aumento anual dos salários, mas sou completamente contra a forma como tudo isso funciona. A greve se banalizou.

Para entender, os banqueiros propuseram 8% de aumento para os bancários. Os bancários acharam pouco (sério? A inflação foi de 7,4%) e resolveram parar tudo. Querem 12,8% de aumento mais vale refeição e vale alimentação de um salário mínimo cada férias na Europa pago pelos banco.

Para piorar um pouco a situação, os correios também estão em greve. Conclusão: você não recebe as cobranças e não consegue pagá-las nas agências. E ai, o que fazer?

Extras:

E para descontrair, uma situação fictícia vivida pelos consumidores.