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Meus Gastos

O blog dos meus gastos é um canal aberto para comunicar com todos os usuários do site. Por ele será comunicado as novidades do site, novos simuladores e novos recursos. Além disso, irá conter posts dos principais assuntos e notícias que lhes interessam.

Minha participação no Hackaton 2011

Arquivado em: DesenvolvimentoTags: , — Luciano Camilo @ 8:00 am

Fui convidado para participar do Hackaton 2011, promovido pelo iMaster no hotel Unique em São Paulo. Para quem não conhece o Hackaton é uma maratona Hacker. Aqui vale um esclarecimento: hacker não é atividade ilegal necessariamente. Hacker vem de hack e quer dizer cortar, separar, triturar. Em programação isso significa gambiarra juntar pedaços de informações de fontes distintas. Se a informação é pública, não tem nada de ilegal.

Enfim, a disputa deste ano possuía quatro categorias (conforme e-mail da organização)

Desenvolver uma ferramenta de métricas/análise baseada no perfil qualitativo dos visitantes, utilizando as APIs públicas de redes sociais Desenvolver aplicativo/ferramenta inovador de mobile commerce utilizando as APIs públicas de e-commerce e meios de pagamento brasileiros Potencializar o Google Maps e Google Places, utilizando suas APIs, integradas com ocorrências em tempo real de notícias, eventos, acontecimentos, dentre outros. Desenvolvedor aplciativo de monetização (advertisement) para social commerce como base na API pública do Lomadee (Desafio patrocinado)

Bom, não vou entrar no mérito de cada uma das categorias porque vocês podem ver o resultado aqui. Vou detalhar um pouco do que eu fiz.

Sendo bem sincero eu cheguei ao evento sem ter a mais remota idéia do que fazer (até porque me esqueci de olhar a caixa de spam do meu correio para saber com alguns dias de antecedência qual seriam as categorias). Chegando ao local, resolvi trabalhar com o tema 3. Minha idéia inicial era tentar via API do twitter localizar quais assuntos as pessoas estavam falando e listar notícias relacionadas. Mas como a internet estava muito ruim de manha, meu celular se recusa a fazer tethering e esqueci o modem da Vivo em casa, não tinha muito que fazer. Ficava olhando para a tela e pensando. Nos lapsos de conexão, descobri que a cota gratuita do twitter estava estourada. Ok, 4 horas restantes, sem internet e tendo que codificar uma conexão oAuth 2.0 que não estou acostumado....hora do plano B.

Comecei a pesquisar coisas que poderia ser geo-localizadas. Por sorte, encontrei uma ferramenta XML da catho logo no inicio. Para abrir a ferramenta gastei mais 1 hora. Logo resolvi que todo meu projeto – batizado como GeCa ou GeCatho (get + catho) – seria apenas isso. Mostrar as vagas da Catho no Google maps.

Em 3 horas eu montei um banco de dados em MySql (sem muito requinte e varios pontos a melhorar) e escrevi um crawler. Como a internet não colaborava, puxei apenas os dados de vagas do estado de São Paulo. Com conexão estável dá pra puxar 10 mil vagas por minuto ou mais, mas no dia precisei de umas 2 horas. O bom do crawler é que ele ficava rodando em paralelo enquanto eu fazia as outras implementações do projeto. So, no big deal.

Por  um lance de sorte, nós ganhamos 1 hora a mais para terminar o projeto. Podíamos apresentar às 17h e não as 16h. Para mim foi essencial. As 15h45m eu tinha um banco de dados com informações de vagas de São Paulo, localização geográfica de cada uma das cidades e um serviço RESTful que devolvia as vagas para a coordenada geográfica mais próxima. Todo o back-end, nenhum front-end.

Em quinze minutos consegui atrelar o Google maps (neh, na verdade já tinha deixado o callback do movimento do mapa pronto de manhã com um alert(1);) a chamada do meu serviço RESTFul. Fiz um callback e atualizei, sem formatação, uma lista simples com as vagas mais próximas.

Ao ver isso, consegui relaxar pela primeira vez desde que tinha chegado ao evento as 09h00m. Aproveitei para ir ao banheiro, começar mais umas barras de chocolate, zapear pelo corretor, gastar 5 min. no facebook e selecionar algumas das garrifinhas de água para trazer para casa.

Voltei para o computador e ainda tinha 30 minutos para o novo deadline.Não dava para fazer muito, mas lembrei de um projeto que gerava ícones para o Google maps. Como hacking também é reaproveitamento de código e idéias, resolvi adaptar os ícones para apresentarem a quantidade de vagas oferecidas em cada cidade. Com isso minha autoconfiança já não estava negativa como na hora do almoço. E para minha felicidade (e quem me conhece sabe que eu quase nunca fico feliz) recebi um dos prêmios pelo projeto.

Um dos requisitos da maratona era que todo o código deveria ser aberto, resolvi criar um espaço para eles. Sinceramente, não vejo como alguém pode aproveitar – além da idéia – o código de integração com a Catho, mas segue o link do código. Por outro lado, acho que a idéia do ícone com números e cores que havia feito no passado também pode ser muito útil para vários. Fiz um espaço dedicado para eles, também com código aberto.

E para encerrar, segue o link com algumas fotos que tirei no evento.


Saiba porque carros no Brasil são tão caros

Arquivado em: OpiniãoTags: , , — Luciano Camilo @ 8:00 am

Quem tem carro – e quem também não tem – sabe como carro é um bem caro. Muito caro. E de quem é  a culpa? A responsabilidade sempre recai sob o governo e seus impostos de produção e comercialização (IPI, ICMS, PIS, COFINS). Resolvi fazer uma pesquisa para saber o motivo. E o que pude concluir é que a culpa é do governo e os impostos de importação.

Um carro produzido no Brasil paga  de 27,1% (carros 1.0) até 36,4% (carros de maiores cilindradas). É muito, principalmente quando comparado a países como EUA (6,1%), Japão (9,1%) ou nossos irmãos do México (16%) ou Argentina (18%). Mas o imposto é apenas parte da equação. E isso fica claro quando comparamos o caso do Novo Gol.

No México ele é comercializado por  R$ 18.105. Se desconsiderarmos os impostos (18%) o carro produzido no Brasil chega ao país por R$ 15.343,00 já incluído o lucro da fábrica e o transporte. No caso do México, por acordo bilateral, não há imposto de importação de carros brasileiros.

Se R$ 15.343,00 é o preço que sai da fábrica o novo gol, considerando os impostos (27,1%) e o lucro da concessionária (cerca de 10%) o preço do carro deveria ser R$ 21.451,00. Quem está procurando um carro zero para comprar sabe que não consegue comprar o carro por menos de R$ 30.000,00. É quase 40%  a mais, uma taxa de ganância.

Abaixo uma tabela de preço de alguns carros vendidos no brasil e seus equivalentes em outros países

Veículo País Preço Fora Preço "Justo"* Preço Brasil "Ganância" FIAT PALIO 1.4 Turquia R$ 26.100,00 R$ 29.500,00 R$ 34.300,00 16% FORD FOCUS HATCH Argentina R$ 44.000,00 R$ 50.000,00 R$ 58.200,00 16% TOYOTA COROLLA Espanha R$ 38.500,00 R$ 46.500,00 R$ 62.000,00 33% VW JETTA 2.5 México R$ 40.700,00 R$ 48.000,00 R$ 86.300,00 80% HONDA FIT Japão R$ 20.900,00 R$ 25.500,00 R$ 47.300,00 85% BMW X5 3.0 EUA R$ 82.400,00 R$ 110.000,00 R$ 301.000,00 174%

Inspirado em Quatro Rodas. *Preço justo foi estimado o preço de venda nos outros países adicionado do imposto brasileiro e mais um pequeno acréscimo. Lembrando que o preço de venda nos outros países já contemplam o lucro das montadoras.

E se são as montadoras que são responsáveis pelo preço porque eu disse no início que a culpa era do Governo?

Desde o final do ano passado o mercado começou a ser inundado por carros coreanos e chineses. Muito mais baratos. Essa competição estava obrigando as montadoras brasileiras a rever a estratégia da margem de lucro abusiva. E o lobby das montadoras locais convenceram o governo de impor barreiras a essas fábricas. O imposto extra faz com que o preço destes carros importados se equiparem aos semelhantes nacionais. E enquanto a indústria local agradece o governo por manter seu lucro, o brasileiro continua pagando os carros mais caros do mundo.



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