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Meus Gastos

O blog dos meus gastos é um canal aberto para comunicar com todos os usuários do site. Por ele será comunicado as novidades do site, novos simuladores e novos recursos. Além disso, irá conter posts dos principais assuntos e notícias que lhes interessam.

Quanto custa a mobilidade urbana?

Arquivado em: Notícia,OpiniãoTags: , , — João Damasio @ 8:00 am

Em qualquer capital brasileira já é notável o problema da mobilidade urbana. A estrutura das cidades quase não suporta mais a movimentação causada pelo rápido crescimento populacional. Milhões de carros circulando, transporte coletivo caótico, espaço reduzido para pedestre e quase nulo para ciclistas. É necessário ajustar isso em um novo planejamento. Após 17 anos de tramitação no Congresso, o governo federal sancionou a lei que institui a Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU). A Lei 12.587/2012 “estabelece princípios, diretrizes e instrumentos para que os municípios possam planejar um sistema de transporte coletivo capaz de atender à população e contribuir para o desenvolvimento urbano sustentável” (Agência Senado) Na contramão dos incentivos à industria automobilística e em prol do desenvolvimento da economia brasileira, a PNMU permite que os municípios estabeleçam a cobrança de pedágio urbano para desestimular o uso excessivo de carros em áreas congestionadas. Segundo o PNMU, os municípios com mais de 20 mil habitantes têm até três anos para desenvolver um plano de mobilidade. Apesar de não poder obrigá-los a isso, o governo federal pode limitar recursos dos municípios para o setor. Isso impede que sejam aplicados apenas na construção de viadutos e demais obras paliativas para que mais carros ocupem as ruas. As verbas do pedágio urbano devem ser aplicadas a melhorias no transporte público local. A nova lei implica em mudanças de hábitos e isso é sempre difícil. Se você normalmente vai de carro ao trabalho, por exemplo, será difícil optar pelo transporte coletivo geralmente lotado e com atrasos. A impressão que se tem é que o governo quer que todo mundo compre o carro do ano, abasteça, pague o IPVA, saia de carro em horários “inúteis” para não congestionar o trânsito, pague pedágio e, no dia-a-dia, opte pelo transporte coletivo ou por meios alternativos como a bicicleta. Mesmo assim, tudo isso não deixa de ser um indicativo de boas e necessárias mudanças. O meio ambiente agradece as medidas do PNMU, mas ainda há muito que melhorar. O transporte coletivo deve ser incentivado com preços atrativos, cumprimento de horários e vagas suficientes para garantir o mínimo de conforto. O uso de bicicleta também deve ser facilitado com a criação de ciclovias, como já se observa em muitas capitais brasileiras e também no exterior. Os benefícios ambientais, sociais e econômicos de novas medidas para a mobilidade urbana são muitos. O pedágio urbano pode ser útil para disciplinar a população neste momento, mas a manutenção dos novos hábitos depende de nós.


Saiba porque carros no Brasil são tão caros

Arquivado em: OpiniãoTags: , , — Luciano Camilo @ 8:00 am

Quem tem carro – e quem também não tem – sabe como carro é um bem caro. Muito caro. E de quem é  a culpa? A responsabilidade sempre recai sob o governo e seus impostos de produção e comercialização (IPI, ICMS, PIS, COFINS). Resolvi fazer uma pesquisa para saber o motivo. E o que pude concluir é que a culpa é do governo e os impostos de importação.

Um carro produzido no Brasil paga  de 27,1% (carros 1.0) até 36,4% (carros de maiores cilindradas). É muito, principalmente quando comparado a países como EUA (6,1%), Japão (9,1%) ou nossos irmãos do México (16%) ou Argentina (18%). Mas o imposto é apenas parte da equação. E isso fica claro quando comparamos o caso do Novo Gol.

No México ele é comercializado por  R$ 18.105. Se desconsiderarmos os impostos (18%) o carro produzido no Brasil chega ao país por R$ 15.343,00 já incluído o lucro da fábrica e o transporte. No caso do México, por acordo bilateral, não há imposto de importação de carros brasileiros.

Se R$ 15.343,00 é o preço que sai da fábrica o novo gol, considerando os impostos (27,1%) e o lucro da concessionária (cerca de 10%) o preço do carro deveria ser R$ 21.451,00. Quem está procurando um carro zero para comprar sabe que não consegue comprar o carro por menos de R$ 30.000,00. É quase 40%  a mais, uma taxa de ganância.

Abaixo uma tabela de preço de alguns carros vendidos no brasil e seus equivalentes em outros países

Veículo País Preço Fora Preço "Justo"* Preço Brasil "Ganância" FIAT PALIO 1.4 Turquia R$ 26.100,00 R$ 29.500,00 R$ 34.300,00 16% FORD FOCUS HATCH Argentina R$ 44.000,00 R$ 50.000,00 R$ 58.200,00 16% TOYOTA COROLLA Espanha R$ 38.500,00 R$ 46.500,00 R$ 62.000,00 33% VW JETTA 2.5 México R$ 40.700,00 R$ 48.000,00 R$ 86.300,00 80% HONDA FIT Japão R$ 20.900,00 R$ 25.500,00 R$ 47.300,00 85% BMW X5 3.0 EUA R$ 82.400,00 R$ 110.000,00 R$ 301.000,00 174%

Inspirado em Quatro Rodas. *Preço justo foi estimado o preço de venda nos outros países adicionado do imposto brasileiro e mais um pequeno acréscimo. Lembrando que o preço de venda nos outros países já contemplam o lucro das montadoras.

E se são as montadoras que são responsáveis pelo preço porque eu disse no início que a culpa era do Governo?

Desde o final do ano passado o mercado começou a ser inundado por carros coreanos e chineses. Muito mais baratos. Essa competição estava obrigando as montadoras brasileiras a rever a estratégia da margem de lucro abusiva. E o lobby das montadoras locais convenceram o governo de impor barreiras a essas fábricas. O imposto extra faz com que o preço destes carros importados se equiparem aos semelhantes nacionais. E enquanto a indústria local agradece o governo por manter seu lucro, o brasileiro continua pagando os carros mais caros do mundo.



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