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E se você recebesse o salário de um professor?

Arquivado em: Opinião — João Damasio @ 8:00 am

Se você é professor, provavelmente, já sabe de tudo o que vou falar aqui. Caso contrário, sente-se confortavelmente antes de ler este artigo e não se assuste. "Setecentos e noventa e um reais"... escrito por extenso para não parecer tão pequeno, esse é o piso salarial por 40 horas trabalhadas para professores da educação básica no Rio Grande do Sul. Sim, educação básica! Aquela que recebe a criança e a prepara para o porvir estudantil e profissional.

O Ministério da Educação (MEC) estabeleceu o piso nacional de R$ 1.451,00 para a categoria. A despeito da determinação federal, pelo menos dois terços dos Estados brasileiros pagam valores inferiores. O levantamento foi publicado em reportagem pela Folha de São Paulo.

Não é mentira nem clichê repetir que o professor é a base da sociedade e que todas as demais profissões não teriam a qualidade técnica e teórica que têm sem um professor que lhes ensinasse. Quando falamos de Instituições de Ensino Superior (IES), no entanto, é como se estivéssemos falando de outra classe.

Segundo a Folha, o Distrito Federal é o que melhor remunera seus professores (R$ 2.315,00), seguido por Roraima (R$ 2.142,00). São Paulo é o quarto maior piso (R$ 1.894,00). Avaliado o custo de vida nessas cidades, esses valores não pareceriam tão cômodos.

Estados como Goiás e Minas Gerais sofrem com greves dos trabalhadores da educação devido à constatações de incorporação das gratificações por titularidade para conseguirem pagar o piso.

As gratificações são aumentos percentuais adquiridos por meio de cursos de aperfeiçoamento e pós-graduação e integram a maioria dos planos de carreira (PC). Com a emergência de cumprir o pagamento do piso nacional, alguns Estados acabaram por modificar o PC incorporando benefícios, o que indignou os professores.

No Rio Grande do Sul, onde apenas três algarismos compõem o salário dos professores, a justiça determinou que o governo cumpra o piso e pague até mesmo o retroativo. Junto às mobilizações estaduais, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) articula a greve nacional para os dias 14 a 16 de março.

Dos argumentos mais potentes para o crescimento dos países classificados como desenvolvidos, o investimento em educação é o mais citado. No Brasil, parece que a desvalorização da categoria “sempre foi assim”. Será mesmo que os professores precisam fazer greve? Pense nisso depois de responder: “E se você recebesse o salário de um professor?”


Quanto custa a mobilidade urbana?

Arquivado em: Notícia,OpiniãoTags: , , — João Damasio @ 8:00 am

Em qualquer capital brasileira já é notável o problema da mobilidade urbana. A estrutura das cidades quase não suporta mais a movimentação causada pelo rápido crescimento populacional. Milhões de carros circulando, transporte coletivo caótico, espaço reduzido para pedestre e quase nulo para ciclistas. É necessário ajustar isso em um novo planejamento. Após 17 anos de tramitação no Congresso, o governo federal sancionou a lei que institui a Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU). A Lei 12.587/2012 “estabelece princípios, diretrizes e instrumentos para que os municípios possam planejar um sistema de transporte coletivo capaz de atender à população e contribuir para o desenvolvimento urbano sustentável” (Agência Senado) Na contramão dos incentivos à industria automobilística e em prol do desenvolvimento da economia brasileira, a PNMU permite que os municípios estabeleçam a cobrança de pedágio urbano para desestimular o uso excessivo de carros em áreas congestionadas. Segundo o PNMU, os municípios com mais de 20 mil habitantes têm até três anos para desenvolver um plano de mobilidade. Apesar de não poder obrigá-los a isso, o governo federal pode limitar recursos dos municípios para o setor. Isso impede que sejam aplicados apenas na construção de viadutos e demais obras paliativas para que mais carros ocupem as ruas. As verbas do pedágio urbano devem ser aplicadas a melhorias no transporte público local. A nova lei implica em mudanças de hábitos e isso é sempre difícil. Se você normalmente vai de carro ao trabalho, por exemplo, será difícil optar pelo transporte coletivo geralmente lotado e com atrasos. A impressão que se tem é que o governo quer que todo mundo compre o carro do ano, abasteça, pague o IPVA, saia de carro em horários “inúteis” para não congestionar o trânsito, pague pedágio e, no dia-a-dia, opte pelo transporte coletivo ou por meios alternativos como a bicicleta. Mesmo assim, tudo isso não deixa de ser um indicativo de boas e necessárias mudanças. O meio ambiente agradece as medidas do PNMU, mas ainda há muito que melhorar. O transporte coletivo deve ser incentivado com preços atrativos, cumprimento de horários e vagas suficientes para garantir o mínimo de conforto. O uso de bicicleta também deve ser facilitado com a criação de ciclovias, como já se observa em muitas capitais brasileiras e também no exterior. Os benefícios ambientais, sociais e econômicos de novas medidas para a mobilidade urbana são muitos. O pedágio urbano pode ser útil para disciplinar a população neste momento, mas a manutenção dos novos hábitos depende de nós.



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