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Uma crise imobiliária brasileira?

Arquivado em: OpiniãoTags: , , — Luciano Camilo @ 11:49 pm

Recentemente vários amigos meus estão comprando uma casa. E é incrível como os valores dos imóveis estão caros. Aqui em São Paulo o metro quadrado chega a custar R$ 5.000,00 (cinco mil reais), e não estou falando de um imóvel em particular. Este preço já está virando padrão. Desta forma, um imóvel de 100 metros quadrados chega a custar R$ 500.000,00 reais. Onde estão as pessoas que conseguem comprar estes imóveis?

Em Julho fui em um empreendimento que estava em pré-venda (acho hilário este conceito de vender antes de iniciar as vendas). Apartamento na planta são mais baratos, certo? Pra um apartamento na zona sul de São Paulo, a 2 km do metro santa cruz, em pré-venda, na minha cabeça deveria ser barato.

O apartamento era lindo. O preço era de R$ 560.000,00 por 134 metros quadrados, uma bagatela de cerca de R$ 4.200,00 por metro quadrado. Segundo os vendedores, deveria aproveitar, pois haviam apenas mais 3 apartamentos vagos! Este imóvel me fez ter medo de procurar apartamentos realmente próximos ao metro, quiçá os bairros nobres!

Minha família é de Goiânia, Goiás. Os imóveis lá, que historicamente sempre foram baratos em relação a São Paulo, começaram a correr atrás. Os novos empreendimentos estão custando entre R$ 3.000,00 e R$ 4.000,00 reais o metro quadrado. Lá os bons apartamentos também estão custando mais de R$ 300.000,00.

Vendo tudo isso eu chego a duas possibilidades. Ou o brasileiro ficou rico e eu perdi o bondinho da bonança ou o mercado imobiliário enlouqueceu. E apesar de termos melhorados nos aspectos de desigualdades, ainda não nos vejo como uma nova Noruega.

Meu ponto de vista é bem simples. As pessoas não tem R$ 300.000,00 guardados por ai. As pessoas compram imóveis pensando no financiamento.

Voltemos ao exemplo do meu apartamento de R$ 560.000,00. Quis ouvir o que eles tinham para me falar. A construtora facilitava as entradas, e eu só precisava depois fazer o financiamento no banco de certa de R$ 350.000,00. E agora começa a ficar interessante.

Se você conseguiu chegar até aqui, agora só precisa conseguir o financiamento. E o banco vai te pedir, em um financiamento de 15 anos, que comprove uma renda de R$ 21.000,00 reais. E é aqui que vem minha indignação. Quantas pessoas no Brasil conseguem comprovar renda deste valor?

Sei que existem pessoas que possuem esta renda, e sei que em número absolutos elas não são tão poucas assim. Mas as pessoas abastadas já possuem residência, e não estão todas de mudança.

Muitas pessoas estão comprando apartamento sem saber dos problemas que será conseguir o financiamento com o banco. Outros estão comprando apostando que os preços irão subir sem parar.

Eu entendo que em breve, quando este primeiro grupo perceber que não tem renda para financiar, vai desesperadamente vender o imóvel para quitar a dívida. O aumento da demanda deve fazer com que os preços caiam. Assim, algumas pessoas do segundo grupo que apostaram nos imóveis iriam subir, terão que encarar a dívida alta sem um imóvel tão valorizado. Pra honrar as dívidas, também irão vender o imóvel, o que fará com que a crise aumente. E não deve demorar muito. Os novos empreendimentos tem entrega de chaves previstas para 2 a 4 anos. E ai vou saber se perdi mesmo o bondinho.

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  1. Evolução da taxa de desemprego brasileira


Veja também

  • Wendell

    Parabéns pela lucidez do artigo! Realmente, ele fala algumas verdades assustadoras…quem viver, verá!

  • Mariana

    Eu também penso da mesma forma. Essa é exatamente a razão de como os Estados
    Unidos se encontram em uma crise imoboliária atualmente. O Brasil infelismente está
    copiando o mesmo erro.

  • Rogerio

    Meus caros! Não nos permitamos misturar alhos com bugalhos! O momento imobiliário brasileiro nada tem a ver com a crise imobiliária americana, com “a bolha” etc… Nada disso! As situações são completamente diferentes!!! Os EUA estão em meio a uma das maiores crises da sua história porque, simplesmente, liberou geral!!!! A facilidade de se conseguir crédito nos EUA era tamanha que um desempregado podia obter um financiamento com facilidade assombrosa! Isso nunca aconteceu aqui e nunca acontecerá! O Brasil é um dos países com a maior burocracia do mundo para a concessão de crédito, salvo raríssimas exceções, como por exemplo o empréstimo consignado. O mercado imobiliário brasileiro está crescendo sim, mas de forma sólida e constante, e não há a menor possibilidade de assistirmos o “estouro da bolha”, até porque não há bolha nenhuma! O que ocorreu nos EUA foi em virtude da especulação. No Brasil, não há especulação, ou se há, não se dfá nos moldes verificados nos EUA. O que há aqui em nosso país é demanda! Há procura e, por isso, há também a oferta que, muito longe de ser mais abundante que a procura, não consegue suprir a demanda! Deu pra entender?
    Enquanto houver demanda, não há que se falar em crise imobiliária no Brasil.
    O que há atualmente, entretanto, é um exagerado auê em torno de uma crise que sequer chegou às terras tupiniquins…
    Só depende de nós deixarmos chegar ou não…
    Só depende de nós…

    Acreditemos na onda de terrorismo exacerbado que vagueia por aí e, pronto! Mergulhamos na crise importada!

    Continuemos nossa vidinha e sairemos ilesos da crise dos EUA…

    Só depende de nós!

  • http://www.meusgastos.com.br Luciano Camilo

    Rogério,

    Concordo com o que você diz que não devemos importar a crise americana, ou crise global (pois a crise já não atinge apenas os EUA). É fato, que em menor grau iremos sofrer impacto da crise, como já estamos sofrendo. Não se trata apenas de acreditarmos. As empresas que dependiam de exportação estão reduzindo seus lucros. Além disso, as comodities estão mais baratos, o que reduz o lucro de diversas empresas brasileiras, destacando Vale e Petrobras. Mas concordo que o Brasil não tem porque se preocupar em demasia, dado que estamos em um momento sólido.

    Sobre o mercado imobiliário, acredito sim que teremos um crise local. Concordo, e defendo, quando você diz que os bancos brasileiros não são como os banco americanos. Nossa crise será diferente. Lá, o mercado financeiro sofreu com a crise. Aqui, os bancos estão preparados, as construtoras estão preparadas, só o consumidor não está. Pagar 500 mil reais por um apartamento simples de 3 dormitórios não está dentro do padrão brasileiro. No meu ver, a crise brasileira virá em cerca de 2 anos, quando os bancos (por estarem preparados) recusar o financiamento do imóvel. O que o novo proprietário irá fazer? Ele já assumiu uma dívida com a construtora que ele deve honrar. A construtora por sua vez já se preparou e repassou a dívida para investidores.O consumidor irá se encontrar obrigado a liquidar o imóvel para quitar a dívida, e neste momento, os preços deverão sofrer uma pequena queda. É isso que eu chamo de crise imobiliária brasileira. Ela é totalmente diferente da crise americana.

    • Vilma

      Estava divagando e parei por aqui…assunto este que não é minha praia, mas gostei Luciano de saber a diferença no setor imobiliário entre crise financeira americana e brasileira… obrigada e bom fds.

    • Vidipife

      Estava divagando na net pela madrugada…parei aqui nem sei o porquê, mas aprendi um pouco da diferença sobre a crise imobiliária americana e brasileira…obrigada e bom fds…

  • val

    Se você está procurando apartamentos em santos visite http://www.atlasimoveis.com

  • Fabio

    vou ser sincero.
    independentemente de tudo eu torco para que haja uma crise imobiliaria muito acima do padrao americano.
    pq?
    ja chegaram a pesquisar o preco de 1 ponto comercial em Sao Paulo? Hoje, se voce mora em Sao Paulo e trabalha em um centro comercial, o que mais se ve eh a mudanca de locatario, ou seja, nao conseguiu pagar a mensalidade do aluguel e teve que fechar as portas.
    valores? um ponto de 2 andares (terreo e 1 andar) de aproximadamente 300metros quadrados (os 2 andares) sai nao menos que 8mil reais ao mes (se for na 25 de marco esses valores giram a partir de 15mil reais) sem contar que o proprietario exige uma luva de a partir 100mil dolares para um contrato de 3 anos.
    eh um absurdo.

  • Sandra Pinheiro

    Concordo com o Luciano, a crise imobiliária brasileira jamais chegará ao nível americano, afinal aqui os bancos não lidam com “títulos podres, ou sub prime”, mas acredito que infelizmente vai chegar um ponto que as pessoas não vão mesmo conseguir honrar suas dividas e os bancos simplesmente tomam o imóvel o mandão para leilão, e como os banqueiros e as Construtoras brasileiras não são bobas, afinal todos tem uma lucratividade absurda, um com as taxas de juros e outro com superfaturamento no preço por metro quadrado , ou seja, mesmo vendendo o imóvel a um preço menor no leilão, não deixaram de lucrar, afinal aqui no Brasil são os menos afortunados sempre perdem.

  • Sandra Pinheiro

    Concordo com o Luciano, a crise imobiliária brasileira jamais chegará ao nível americano, afinal aqui os bancos não lidam com “títulos podres, ou sub prime”. Mas acredito que em pouco tempo as pessoas vão ter dificuldades em honrar suas dividas e os bancos simplesmente tomam o imóvel e mandar para leilão, claro que a um preço menor, mas não se iludam, eles não vão perder, afinal os Banqueiros e as Construtoras brasileiras não são ingênuos, todos tem uma lucratividade absurda, um com as taxas de juros e outro com superfaturamento no preço por metro quadrado, portanto, aqui no Brasil são os menos afortunados perdem.

  • Rsilva

    Para começar já vi um estudo de um professor da USP em que ele comenta que os preços dos imóveis está dissociados dos valores dos custos em média de 15% a 20% (superfaturamento mesmo). Segundo não entendo porque o governo está liberando tanto dinheiro para crédito imobiliário, sendo que nas regras a pessoa pode financiar 2 imóveis (o modelo de financiamento anterior não permitia isso) o que acaba prejudicando  o comprador, pois aumenta a procura por imóveis e cria a falsa impressão de ser um ótimo investimento. Outro fato é que a partir deste programa minha casa minha vida, os imóveis em areas de periferia estão em média por 90.000 a 150.000, agora me fale quem pode pegar empréstimo para pagar em média 700,00 de prestação (algum pobre se habilita?). Outro fator é que as pessoas estão COMPRANDO IMOVEIS SUPERFATURADOS como uma forma de investimento. Economistas já estão comentando sobre este fato, dizendo que estes investidores é que ficaram com os prejuízos quando o mercado se estabilizar. Outro fato é que o mercado imobiliário está se mantendo com o lançamento de ações, mas sabemos que quem investe em ações sempre procura o maior rendimento, portanto trocam de investimentos facilmente, o que consequentemente, culminará com a necessidade de venda de imoveis que estão em estoques (aumento da oferta), logo queda nos preços. Tomei a decisão de não trocar meu apartamento pequeno por um maior enquanto os preços não se estabilizarem. Enquanto isso, estou fazendo uma reserva e diversificando meus investimentos, 30% (em média) estão em ações de empresas principalmente, de petróleo, energia e minérios. Você já viu os preços destes itens se manter em baixa mesmo em épocas de crise. Outro fator é que nossos salários estão perdendo o poder de compra em função da inflação, não temos aumento e o governo está querendo congelar nossos salários. Se aceitarmos pagar estes valores abusivos, daqui a pouco não poderemos nem viajar de férias, pois os juros dos financiamento a longo prazo (já financiei uma casa) depois de 8 anos o valor da prestação era quase 300% do valor inicial (180,00 – 444,00) quando consegui quitá-lo

  • Rsilva

    Para começar já vi um estudo de um professor da USP em que ele comenta que os preços dos imóveis está dissociados dos valores dos custos em média de 15% a 20% (superfaturamento mesmo). Segundo não entendo porque o governo está liberando tanto dinheiro para crédito imobiliário, sendo que nas regras a pessoa pode financiar 2 imóveis (o modelo de financiamento anterior não permitia isso) o que acaba prejudicando  o comprador, pois aumenta a procura por imóveis e cria a falsa impressão de ser um ótimo investimento. Outro fato é que a partir deste programa minha casa minha vida, os imóveis em areas de periferia estão em média por 90.000 a 150.000, agora me fale quem pode pegar empréstimo para pagar em média 700,00 de prestação (algum pobre se habilita?). Outro fator é que as pessoas estão COMPRANDO IMOVEIS SUPERFATURADOS como uma forma de investimento. Economistas já estão comentando sobre este fato, dizendo que estes investidores é que ficaram com os prejuízos quando o mercado se estabilizar. Outro fato é que o mercado imobiliário está se mantendo com o lançamento de ações, mas sabemos que quem investe em ações sempre procura o maior rendimento, portanto trocam de investimentos facilmente, o que consequentemente, culminará com a necessidade de venda de imoveis que estão em estoques (aumento da oferta), logo queda nos preços. Tomei a decisão de não trocar meu apartamento pequeno por um maior enquanto os preços não se estabilizarem. Enquanto isso, estou fazendo uma reserva e diversificando meus investimentos, 30% (em média) estão em ações de empresas principalmente, de petróleo, energia e minérios. Você já viu os preços destes itens se manter em baixa mesmo em épocas de crise. Outro fator é que nossos salários estão perdendo o poder de compra em função da inflação, não temos aumento e o governo está querendo congelar nossos salários. Se aceitarmos pagar estes valores abusivos, daqui a pouco não poderemos nem viajar de férias, pois os juros dos financiamento a longo prazo (já financiei uma casa) depois de 8 anos o valor da prestação era quase 300% do valor inicial (180,00 – 444,00) quando consegui quitá-lo

  • Paulistano39

    Hoje é 25/09/2011. Sou corretor de imóveis e vendo apartamentos com 3 dormitórios e cerca de 70 m2. Há um ano atrás esse apartamento no 5o. andar custava R$ 220.000,00 e era exigido renda familiar de R$ 5.500,00. Hj, o mesmo apartamento no 5o. andar custa R$ 315.000,00 e é exigido comprovar renda de R$ 8.500,00. O que estagnou o setor em 2011, foram esses aumentos absurdos!

    Nosso público alvo são os casais jovens recém-formados e em vias de matrimônio, com idade entre 25 à 35 anos. Hj essas pessoas não tem condições de financiar, pois a grande maioria compõem renda familiar de R$ 6.000,00 ou inferior.

    • Paulistano39

      31/10/2012
      Que boa coincidência!
      Achei meu ‘post’ de 1 ano atrás!

      Continuo a trabalhar neste mesmo empreendimento e hj o mesmo apto. no 5o. andar custa R$ 341.000,00.

      Em set/2010…custava…………..R$ 220.000
           Set/2011………………………R$ 315.000
          *Aumentou em 1 ano…………R$  95.000 (ou seria valorizou?)

      Em set/2011…custava……………R$ 315.000
           out/2012……………………….R$ 341.000
           *Aumentou em 1 ano………..R$   26.000
       

      Reparem, caros colegas, que a retração no preço dos imóveis já começou!
      Não se vê ou ouve falar de lançamentos como outrora.
      As construtoras estão com seus estoques encalhados. 

      Não sou a favor do modismo de pedir descontos de 20,30,40%, pois conseguir desconto sobre algo superfaturado é pedir para ser enganado!

      Como corretor, aconselho aos interessados em adquirir um bem imóvel a dividir o preço total do bem pelo número de metros quadrados. Dessa maneira, vc verá realmente se o ”tal deconto” é real ou enganoso.

  • Francisco Cruz

    Estou apostando que vc não perdeu o bondinho! A crise bateu à porta…e para complicar mais ainda, o dólar está em alta. Governo reduz IPI de veículos na tentativa de frear a recessão… Está ficando muito explícito que a crise é um fato consumado. Qto ao BOOM imobiliário após as eleições, vai começar a quebradeira.

  • Ivone

    Sou corretora de imóveis e estou aterrorizada, realmente com os valares, amigo voce precisa ver agora é de correr sem parar, onde vamos chegar? acorda Brasil, logo,logo vamos disputar o viaduto.

  • Eduardo Brandt

    E olha que a dívida inerna dos USA(com financ imóveis) quando quebrou éra de 20%. No Brasil atualmente ela é de apenas 5%. Acho este o único ponto que ainda que desfavorece essa crise que o pessoal fala…
    Mas a realidade Brasileira é outra,… sabe lá. Deus queira que o preço dos imóveis diminua. Eu sempre quiz morar numa casa e com espaço âmplo para o jardim, como em minha época de infância.

  • Fausto Odilon

    Pois é! O estranho é que as pessoas que já compraram estão achando que possuem imoveis super valorizados, que fizeram bom investimento etc…Quando se pesquisa o valor dos imóveis usados, fala-se em X. Mas na prática não tem ninguém conseguindo vender o imovel pelo valor “de tabela”. Criou-se um falso valor, um valor imaginário de quanto vale uma casa ou apto, mas o que vale na prática é por quanto a pessoa conseguiu vender, se vendeu. Tenho um vizinho tentando vender a casa pelo valor “de mercado”, mas já tem mais de um ano e nada!


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