Meus Gastos
O blog dos meus gastos é um canal aberto para comunicar com todos os usuários do site. Por ele será comunicado as novidades do site, novos simuladores e novos recursos. Além disso, irá conter posts dos principais assuntos e notícias que lhes interessam.
A verdade sobre o novo IOF e a Antiga CPMF
Ano novo, imposto novo! Foi esta a forma que o Governo encontrou de tentar equilibrar novamente o orçamento depois que foi imposto o fim da CPMF.
Na verdade não se trata de um imposto novo, mas de um aumento brutal na alíquota de um imposto que por vezes passava despercebido, o Imposto sobre Operações Financeiras, o IOF. O imposto que era e 1,50% sobre o valor do empréstimo agora é de 3,00% além de uma alíquota extra de 0,38%.
Para entender a diferença é preciso entender como ambos funcionam. É aqui que grande parte dos jornalistas erra!
O IOF é um imposto que incide sobre o valor original do empréstimo, isto é, se você pegar R$ 1.000,00 emprestados, ele incide sobre os R$ 1.000,00 originais.
A CPMF, neste aspecto, era um imposto mais cruel. Ela incidia sobre o valor da parcela. Caso os R$ 1.000,00 fossem pagos em 12 parcelas de R$ 100,00 (total de R$ 1.200,00) o valo cobrado incida em R$ 1.200,00.
Exemplificando. Antigamente quando você desejava comprar um computador e pegava R$ 3.000,00 emprestados em 12 meses junto ao banco, que lhe cobra juros mensais de 1,99%, IOF de 1,50% na contratação e 0,38% de CPMF por parcela. Neste caso o valor de cada parcela é de R$ 288,85 (total de R$ 3.466,21).
No sistema atual este mesmo empréstimo, com as novas alíquotas de IOF e sem a CPMF, sairia por R$ 3.517,04 com parcelas de R$ 293,09, mostrando-se mais onerosa para os consumidores neste caso em 1,85% ou R$ 63,96, o equivalente a um bom equipamento extra para este computador!
Feliz "imposto novo" para você!
As Classes Sociais Brasileiras em 2008
Se você está procurando dados de 2009, de uma olhada neste outro post sobre o simulador de classes sociais.
Feliz 2008 para todos. Nos últimos dias do ano passado estive com alguns problemas e acabei não atualizando o site. Mas queria começar este ano com uma tabela que gerou polêmica sempre que foi discutida. Como se divide as classes brasileiras? O que é classe média?
Eu havia obtido um levantamento com uma professora da FGV em um curso que estou fazendo. Porém, encontrei uma tabela ainda mais atualizada em um site: OLHAR 360º. A fonte deste site é a ABEP - Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa.
Classe
Renda Média (por pessoa)
Renda Família (4 pessoas)
% da população
Classe A
1
R$ 9.733,47
R$ 38.933,88
1%
Classe A
2
R$ 6.563,73
R$ 9.733,47
R$ 26.254,92
R$ 38.933,88
4%
Classe B
1
R$ 3.479,36
R$ 6.563,73
R$ 13.917,44
R$ 26.254,92
9%
Classe B
2
R$ 2.012,67
R$ 3.479,36
R$ 8.050,68
R$ 13.917,44
15%
Classe C
1
R$ 1.194,53
R$ 2.012,67
R$ 4.778,12
R$ 8.050,68
21%
Classe C
2
R$ 726,26
R$ 1.194,53
R$ 2.905,04
R$ 4.778,12
22%
Classe D
R$ 484,97
R$ 726,26
R$ 1.939,88
R$ 2.905,04
25%
Classe E
R$ 276,70
R$ 484,97
R$ 1.106,80
R$ 1.939,88
3%
Média
R$ 1.500,00
R$ 2.500,00
R$ 6.000,00
R$ 10.000,00
Média
A pesquisa além de dividir a população em classes A - E, algumas também foram divididas em dois grupos. A novidade é a divisão da classe C em duas sub-classes. Pelo menos para mim é novidade.As duas primeiras colunas mostram a faixa de renda que caracterizam as classes. Assumindo que uma família possui 4 membros, a renda total da casa pode ser conferida nas outras duas colunas.
A maioria das discussões que eu vejo é em relação ao que é uma classe média. Fiz um cálculo matemático aproximado. Portanto, uma classe média é uma família que possui renda per capita entre 1.5000,00 e 2.500,00 reais. Se tivesse que classificar pelas classes acima, diria que classe média seria C1 ou B2.
Uma observação que acho importante é em relação a limitação que a renda impõe na análise. Conheci varias pessoas com renda A1 que vivem como a grande parte das pessoas B1 ou B2 e muitos C2 e C1 que por um tempo vivem como classe B1. A renda por si só não diz o comportamento das pessoas. Na pesquisa da ABEP, como ressaltou o blog OLHAR 360º, levou em consideração outros fatores como escolaridade do chefe da família, número de automóveis e outros bens e serviços.
De qualquer forma não deixa de ser uma tabela curiosa e que tenho certeza que muitos vão querer estudar por horas. Convido vocês a deixarem seus comentários acerca da tabela.
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