IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) subiu 0,30%, acima da previsão do mercado que era 0,20%. Talvez isso acenda uma luz (ainda que pequena) no Governo e tenhamos reflexos nas reuniões do COPOM.
SÃO PAULO,
7 de novembro de 2007 - A aceleração do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em
outubro (
0,30%) revelou um comportamento volátil da inflação nos
últimos meses e surpreendeu o mercado que projetava uma variação positiva entre
0,20% e
0,22%, avalia o economista-chefe da SulAmerica Investimentos,
Newton Rosa. Em
julho, o índice subiu
0,24%; em
agosto avançou para
0,47%; em
setembro retornou para
0,18%.Segundo ele, essa volatilidade do IPCA está associada aos preços de alimentos e bebidas, que voltaram a pressionar a inflação em
outubro. "Os principais vilões foram os alimentos in natura como frutas, feijão e batata que apresentaram elevação, refletindo uma safra menor. Porém, este deve ser um movimento sazonal que não se deve manter em
novembro", analisa.O economista destaca que a inflação só não foi maior por conta dos preços de leites, em alta nos
meses de agosto e
setembro, que recuaram em
outubro. "Também colaborou o comportamento dos preços administrados que no
mês passado praticamente não subiram", ressalta Newton Rosa.Apesar disso, ele não acredita que a surpreendente aceleração do IPCA influencie imediatamente na política monetária nacional. "O comportamento da inflação deve continuar sendo acompanhado de perto, devido ao quadro de crescimento da demanda forte e ao uso elevado de recursos da economia, entretanto, não deve mudar o ritmo da política monetária", acredita.
Para
novembro, o economista aposta em uma taxa semelhante à verificada em
outubro. "Embora os preços de alimentos devam diminuir a pressão sobre o IPCA, o custo de serviços e o aumento da demanda normal no
fim de ano devem manter a inflação na casa de
0,30%", estima. (Vanessa Stecanella - InvestNews)
Fonte:
Gazeta