Corte de despesas
Nestes tempos de crise estão todos preocupados em economizar, cortar despesas. Como não de deve cortar o humor, lembrei de um crônica do Luís Fernando Veríssimo que corre a internet. Para quem não conhece, vale umas boas risadas
Eu tomo um remédio para controlar a pressão. Cada dia que eu vou comprar o dito cujo, o preço aumenta. Controlar a pressão é mole. Quero ver é controlar o preção. Tô sofrendo de preção alto. O médico mandou cortar o sal. Comecei cortando o médico, já que a consulta era salgada de mais.
Controlei também a alimentação. Como a única coisa que tinha comido, depois do Fome Zero, é minha patroa, não tem perigo: Ela é a coisinha mais sem sal deste lado do mundo…
Para piorar, acho que tô ficando meio esquizofrênico. Sério! Não sei mais o que é real. Principalmente quando abro a carteira ou pego extrato no banco. Não tem mais um real. Sem falar na minha esclerose precoce. Comecei a esquecer as coisas:
Sabe aquele carro? Esquece!Aquela viagem? Esquece!Tudo o que o barbudo prometeu? Esquece!
Podem dizer que sou hipocondríaco, mas acho que tô igual ao meu time: nas últimas. Bem, brasileiro é assim mesmo, já nem liga mais para bala perdida. Entra por um ouvido e sai pelo outro.
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