Protecionismo, novo IPI e carros mais caros.
Semana passada o governo anunciou aumento de 30% no IPI dos carros importados como medida para prejudicar o consumidor proteger a indústria local.
Provavelmente será uma medida que gerará debates entre os dois lados. Não nego que é muito nobre a ideia de garantir que os trabalhadores brasileiros estarão empregados até o final do ano (e ano que vem, e depois). E a medida foi bem firme nisso: quem fabricar carro fora dos países do Mercosul terão que pagar uma taxa extra de 30%.
E não é só isso. Para garantir a benevolência governamental as industrias nacionais terão ainda que garantir que pelo menos 6 das 11 etapas de fabricação de um automóvel será feita aqui ou na argentina e que 65% das peças sejam de fabricação local. E na minha opinião a melhor parte da medida é a que exige das empresas investimento de 0,5% do faturamento em pesquisa e desenvolvimento. Pode parecer muito pouco e é. Mas esse percentual pode modificar a indústria local como ajudou a pesquisa do setor elétrico brasileiro.
Por outro lado a medida é protecionista. A indústria coreana e chinesa estava trazendo opções interessantíssimas ao mercado brasileiro. Vejam o sucesso que o Faustão a Jac motors está fazendo no brasil com seu carro completão ou a valorização da marca Hyundai e suas Tucsons, i30 e azeras. E tudo isso com preços que mostram como os carros locais são caros e sobrevalorizados.
Ficarei na torcida que os benefícios esperados pelo governo superem os malefícios que o protecionismo traz. Ma será difícil não ficar irritado quando for comprar meu próximo carro.